EEBM Maria Correa Saad
Artigo 11 -14 anos
CAMINHANDO PARA UM FUTURO MELHOR
A ideia partiu das próprias crianças. Em um passeio pelo bairro, no entorno do Centro Educacional Infantil (CEI) Encantada, elas observaram muito lixo na rodovia SC 434, km 4, que liga a BR 101 a Garopaba, em Santa Catarina. E questionam a diretora Gislaine Kelli João porque já havia tanto lixo no espaço tão pequeno. No dia 21 de outubro de 2017, acompanhadas de pais, professores e voluntários, 15 crianças de 2 a 4 anos de idade recolheram 37 sacos de resíduos, como vidro, sacolas plásticas, latas de cerveja, bitucas e embalagens de cigarro.
Foi um sábado que marcava temporal, mas, por sorte, o dia ficou ensolarado. O objetivo principal era recolher uma boa parte dos lixos das estradas e conscientizar a todos, desde crianças tão pequenas, a fazerem algo pelo planeta. Antes de sair, as crianças fizeram vídeos e cartazes convidando os familiares e a comunidade para ajudar nessa ação. Foram espalhados em pontos comerciais, em frente à escola e até mesmo nas redes sociais. No dia da mobilização, foram dados todos os materiais para que as crianças não se sujassem e nem se machucassem com o lixo que seria recolhido.
Este mutirão teve o acompanhamento do Departamento de Trânsito da Prefeitura Municipal de Garopaba, e para maior segurança das crianças, os professores fizeram uma barreira de contenção de TNT para que ninguém fosse para a rodovia. Seu Quino, um senhor que estava no terreno vizinho, alimentando uma vaca pegou uma enxada e foi ajudar, o espaço nas áreas mais brejosas para facilitar a passagem da turma que ia recolher o lixo. Outra senhora até perguntou: “Por que não me convidaram? Também queria ajudar”. Resultado: como crianças e professores saíram com um número de pessoas e voltas com um grupo maior.
Os pequenos ajudaram em todo o processo, desde a divulgação até o recolhimento. Só não fez a separação, pois havia muitos cacos de vidros, bitucas de cigarro, garrafas de vidro, e podiam se machucar. A única coisa que os adultos separaram foram os vidros, que foram colocados em sacos separados. Havia muito lixo no percurso de 1 km, constataram. “Precisa de outra mobilização, com mais pessoas, para que fosse possível realizar a separação de todo o lixo”, disse a diretora do CEI. Na escola, não teve reutilização do lixo recolhido. Foi levado para a empresa Resamb Reciclagem e Limpeza Ambiental, que faz a coleta seletiva e a triagem. “Se crianças tão pequenas podem conscientizar e fazer alguma coisa pelo meio ambiente, por que nós não podemos?”, perguntou Gislaine. Afinal, foram elas que convidaram e trouxeram os pais.
A diretora contou também que, após essa mobilização, a mãe de Bernardo relatou que estava levando o menino para o CEI, de carro, e quando ele viu lixo na rodovia pediu que ela fosse lá recolher. Ele entendeu, a partir da ação realizada junto com as professoras e colegas, que ali não é o lugar correto para destino do lixo.
Turma: 8° Ano
AUTORES:
KAROLAYNE PELEGRIN BAPTISTA
MAYSA CABRAL MARCELINO
NATHALIA DA SILVEIRA PESSI
SABRINA MARQUES ESTACIO